Clero faz sua primeira reunião em 2011
Texto e Fotos: Júlio Ferreira - Postado em 15/02/2011 às 11h55 - Fonte: Infância e Adolescência Missionária do Brasil
O clero da Diocese de Divinópolis – MG fez sua primeira reunião em 2011, dia 15 de fevereiro, às 9h, no Centro Diocesano de Pastoral, em Divinópolis.
Dom Tarcisio iniciou os trabalhos com a oração inicial na Capela. Em seguida, os presbíteros foram para a sala de palestra, onde foi apresentada, pelo Padre Emerson José da Cunha, a proposta para o mutirão de confissões 2011, na Forania Imaculada Conceição.
A reunião contou com a participação da Coordenadora Estadual da Infância e Adolescência Missionária, do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Maria das Dores Silva, da Arquidiocese de Belo Horizonte – MG; convidada pelo bispo diocesano, dom Tarcisio Nascentes dos Santos.
Maria das Dores fez uma apresentação do trabalho desenvolvido pela Infância e Adolescência Missionária no Regional Leste 2 e no Brasil. A coordenadora disse, que em todo o Brasil, cerca de 35 mil grupos atuam no trabalho de evangelização com crianças, adolescentes e jovens.
A reunião seguiu com várias assuntos e atividades; com o término previsto para as 16h.
Infância e Adolescência Missionária
A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) foi fundada por Dom Carlos Forbin-Janson, Bispo de Nancy, França, em 19 de maio de 1843.
Carlos Forbin Janson sempre se interessou muito pela realidade e evangelização dos povos. Já na adolescência manteve estreita ligação com os missionários da China. Seu desejo era ir à China e ser missionário com os missionários.
Era frequente receber cartas como estas, da qual copiamos estas passagens:
“Encontro-me rodeado, mesmo sem saber como, de uma dezena de crianças, umas de peito, outras de dois, três, quatro anos de idade, algumas cobertas de sarna, outras, de feridas. Os pobrezinhos já não têm o que comer e se cansam de chorar. É preciso conseguir comida para eles, e pagá-la... Enquanto isso, para não morrerem de fome, vejo-me obrigado a preparar-lhes eu mesmo um prato de farinha e açúcar, depois tento arranjar-lhes roupa, medicá-los, lavá-las, dar-lhes um teto, enfim, fazer as vezes de uma mãe... Deus concede-me As forças para sustentar tantas crianças, mas, se u não for ajudado com alguma esmola, morrerei com eles”.
"(...) falando de batizados, refiro-me a adultos. Na realidade, batizamos muitas crianças que são expostas diariamente nas ruas (...). Para nós, uma das primeiras preocupações é mandar todas as manhãs nossos catequistas para todos os arredores da cidade e batizar as crianças que ainda estão vivas. De 20 a 30 mil que são expostas cada ano, nossos catequistas conseguem batizar cerca de três mil".
De posse de informações a respeito do sofrimento de milhares de crianças, o bispo teve a inspiração de convocar as crianças católicas para se organizarem com o objetivo de prestar socorro às crianças nas mais tristes situações.
Como fazer? Dom Carlos conversou com Paulina Jaricot. Ela, quando jovem, tinha dado início à Obra da Propagação da Fé. Ouvindo o plano de Dom Carlos, apoiou a ideia dele, definiu essa iniciativa como "Obra da Propagação da Fé para as crianças". Ela mesma expressou seu desejo de se alistar como primeira associada para a divulgação da Obra.
Era preciso fazer alguma coisa: Dom Carlos Forbin Janson resolveu convocar as crianças para socorrer as crianças. Propôs às crianças da França que ajudassem outras crianças, recitando uma Ave Maria por dia e doando um dinheiro por mês; assim surgiu a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Misisonária.
Era, sem dúvida, a primeira vez que na história da Igreja se confiava às crianças um papel missionário específico: salvar as crianças inocentes, para fazer delas pequenos discípulos missionários.
Embora tenha nascido para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus horizontes para o mundo inteiro. O resgate, o batismo, o sustento e a educação das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os objetivos da Infância e Adolescência Misisonária. Um plano ambicioso: prestar todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.
Dom Carlos tinha em mente visitar uma após a outra as nações da Europa, pregando esta nova cruzada de batismo, educação e resgate das crianças chinesas, e, uma vez garantida a Obra, embarcar ele próprio para aquele país, onde esperava que Deus lhe desse a graça de misturar seu sangue ao sangue dos outros mártires. Mas, esgotado com tanta atividade, sua saúde não resistiu, enquanto sua Obra se ia difundindo. No dia de sua morte repentina, em 11 de julho de 1844, a Obra da Santa Infância estava estabelecida em 65 dioceses.
Hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países.
Por que Infância?
Porque os protagonistas são as crianças e adolescentes, que se dedicam em favor das crianças do mundo inteiro, independentemente da cultura, raça ou religião. O nome “Infância e Adolescência Missionária” vem de uma devoção existente então na França: a infância do Menino Jesus. Por isto surgiu com o nome de “Santa Infância”.
Por que Missionária?
É missionária porque educa as crianças no crescimento da fé, inserindo-as nas atividades missionárias numa dimensão universal. Pelo compromisso do batismo, vivem concretamente a experiência da partilha da fé e seus bens com todas as crianças do mundo.
Qual a sua finalidade?
Tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crianças". São crianças em favor de outras crianças.
Tomando como exemplo a vida de Jesus e de seus discípulos, a Infância Missionária tem em Maria, a mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica ação evangelizadora. Inspira-se também em São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiros das Missões. Ambos viveram ardentemente o carisma missionário universal, doando suas vidas pelo anúncio do Evangelho.
Infância, Adolescência e Juventude Missionária na Diocese
Há 14 anos, a Diocese de Divinópolis, na Paróquia de São Pedro e Nossa Senhora Guadalupe, em Divinópolis, realiza um belíssimo trabalho de evangelização de crianças, adolescentes e jovens, através do grupo deInfância, Adolescência e Juventude Missionária.
Cerca de 120 crianças, adolescentes e jovens estão envolvidos neste trabalho, que tem como assessor paroquial, Marcos Antônio da Silva, e que agora, desde o dia 13 de fevereiro de 2011, conta com o apoio do COMIPA – Conselho Missionário Paroquial, com coordenação de Suelen Aparecida de Carvalho.