quinta-feira, 10 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

Campanha da Fraternidade 2011 reflete sobre vida no planeta

CNBB
Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011

Conversão, fé, mudança de vida e um planeta no qual vigore o desenvolvimento sustentável e a vida é respeitada como dom em todas as suas manifestações. Todos esses temas estão interligados e é para mostrar estes vínculos estreitos que se dedica a Campanha da Fraternidade (CF) deste ano.


O tema da CF 2011 é "Fraternidade e a Vida no Planeta", com o lema "A criação geme em dores de parto" (Rm 8, 22). Desde 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe anualmente algum tema de relevância para auxiliar a caminhada dos católicos durante os quarenta dias que separam a Quarta-feira de Cinzas da Páscoa – denominado "Quaresma" no calendário litúrgico.


O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, recorda a originalidade da Campanha, que "pretende sempre suscitar debate e se tornou um dos principais instrumentos de conscientização que a Igreja dispõe em nível nacional. É um produto genuinamente brasileiro. Não existe nada similar em outros países. É a nossa maneira concreta de viver a Quaresma", explica.


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.: Podcast: Entrevista com Dom Dimas 

.: Podcast: Entrevista com padre Luiz 


"A Campanha quer cooperar para que todos os cristãos possam fazer uma caminhada de conversão pessoal e celebrar com grande alegria a Páscoa de Jesus", destaca o secretário-executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias.


A temática ambiental/ecológica é trabalhada em diversos níveis, desde governo até comunidades. No entanto, qual é a diferença que aparece quanto o assunto é tratado no terreno da Igreja? "Fazemos isso a partir de nossa visão de pessoa e da própria Doutrina Social da Igreja (DSI). Nosso diferencial é a finalidade da Quaresma e as reflexões realizadas à luz da fé – nos interessa perceber o que a fé, a Tradição, a Palavra de Deus têm a nos dizer", relata Dom Dimas.


Nesse processo, a conscientização das comunidades é o primeiro passo para a tomada de ações concretas, levando em conta as demandas de cada realidade. "Aí, não podemos deixar uma reflexão de lado: o consumo. Vivemos numa sociedade consumista por excelência. É um sistema que gira dessa forma. E as pessoas vão se tornando cada vez mais homofabers (viver para trabalhar), buscam apenas a perspectiva do conforto, do bem-estar, enfim", lembra padre Dias.

Montagem sobre fotos / Arquivo
O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Barbosa, e o secretário-executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias
Tema e história
O lema da CF 2011 é retirado de uma das várias cartas escritas por São Paulo, que possui uma "visão cósmica da salvação", conforme explica o secretário-geral da CNBB.

"Para Paulo, a salvação não é assunto referente apenas às almas, nem somente aos cristãos, é algo que diz respeito à humanidade toda. Mais ainda, a todo o universo. Jesus é o mediador de uma nova e eterna aliança que tem repercussões cósmicas. Nesse sentido, Paulo lembra que a criação inteira ainda aguarda sua plenitude, que realiza-se em Cristo, porque n'Ele todas as coisas foram feitas", salienta o bispo.

Nessa perspectiva, o ser humano precisa assumir seu papel de cocriador na criação, enquanto administrador de tudo o que foi criado por Deus.

"As Campanhas anteriores tiveram um foco bem saliente nos sofredores e pobres, necessitados, e é importante que seja assim. No entanto, o foco agora se alarga para pensar na vida do planeta como tal. Afinal de contas, nem pobres ou ricos sobreviverão se o planeta for destruído", pondera Dom Dimas.

Acerca da noção de desenvolvimento sustentável, o secretário-geral adverte que todos querem desenvolvimento, mas é preciso buscá-lo com responsabilidade. "Muitos países estão pouco interessados com o futuro e investem em processos contra o meio ambiente. Isso é irresponsável, pois o que está em jogo não é a vida da geração de hoje somente, mas das gerações futuras, ameaçadas quando iniciativas públicas não são feitas com responsabilidade".

A preocupação com ecologia é presença de longa data nas CF's. Já em 1979 acontecia a primeira Campanha com viés ecológico, com o tema "Por um mundo mais humano" e o lema "Preserve o que é de todos". Após, houve outras campanhas com a presença do tema ecológico, como "Fraternidade e Água" (2004) e "Fraternidade e Amazônia" (2007), por exemplo.


Escolha
Os temas das Campanhas não são impostos pelo episcopado brasileiro. Pelo contrário, há todo um processo de consulta às comunidades, pastorais e agentes.

"Especialmente nos últimos 20 anos, a Campanha assumiu temas de envergadura social bem ampla, para que a Palavra e a experiência de fé possam iluminar cada situação", sublinha padre Luiz Dias.

Os temas são escolhidos sempre com dois anos de antecedência, para que se possa ter tempo de trabalhar no texto-base e alavancar reflexões, bem como desenvolver outros textos de caráter litúrgico, catequético e outras iniciativas. Da mesma forma, o processo de escolha do hino conta com um processo de escolha com ampla participação popular.

"O processo de escolha é bastante participativo, uma vez que faz as pessoas que estão com 'a mão na massa' se mobilizarem e propor os temas", finaliza Dom Dimas.

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EVANGELHO DO MÊS LUIS FERNANDO

A PALAVRA DE DEUS NO DIA A DIA

Queridos irmãos e irmãs, daqui a alguns dias estaremos vivenciando como igreja o tempo da quaresma, tempo este que nos faz voltar o nosso olhar para dentro de si e analisarmos nossas atitudes para que possamos melhorá-las.
O texto que iremos refletir é segundo Lucas 9,22-25

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
Depois disse a todos: “ Se alguém quiser me quer seguir, renuncie a si mesmo tome a sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” ¬¬¬_ Palavra da salvação.

Tomar a nossa cruz de cada dia. Este é o pedido de Jesus para cada um de nós. Há tantas cruzes no nosso dia-a-dia: na familia, o alcoolismo,as drogas , a falta de diálogo entre os cônjuges e os filhos, no trabalho: a falta de valorização, exploração, salários, na sociedade: a violência e a falta de amor, e no governo: a falta de recursos básicos ás pessoas necessitadas.
Não basta apenas carregar mas caminhar, tentar mudar estas realidades do nosso mundo de hoje.
Mas nunca poderemos carregar e mudar estas cruzes do mundo de hoje, sem a presença de Deus, pois é ela que nos dá perseverança e que não nos deixa desanimar a frente das dificuldades, convém primeiramente entregar tudo nas mãos desse Deus tão bondoso e misericordioso.
Então que nós possamos ver nestas cruzes, a nossa verdadeira missão ajudar e amar o próximo, nas suas dificuldades e seus defeitos ajudando a construir uma Igreja e sociedade cada vez melhores.
Que Deus nos abençoe hoje e sempre!
Luis Fernando A. Cruz

Uma Questão de Escolha - Padre Fabio de Melo

10/03
Uma Questão de Escolha

O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las. Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples... Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar. Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples...

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