segunda-feira, 14 de março de 2011

Mensagem do Papa para a Campanha da Fraternidade no Brasil

Mensagem de "Pedro" para a Igreja do Brasil:
Mensagem do Papa para a Campanha da Fraternidade no Brasil 
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 9 de março de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a mensagem que Bento XVI enviou a Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), por ocasião da Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil, que inicia hoje, com tema "Fraternidade e vida no Planeta".

* * *

Ao Venerado Irmão
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana (MG) e Presidente da CNBB


É com viva satisfação que venho unir-me, uma vez mais, a toda Igreja no Brasil que se propõe percorrer o itinerário penitencial da quaresma, em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus, no qual se insere a Campanha da Fraternidade cujo tema neste ano é: "Fraternidade e vida no Planeta", pedindo a mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação.

Pensando no lema da referida Campanha, "a criação geme em dores de parto", que faz eco às palavras de São Paulo na sua Carta aos Romanos (8,22), podemos incluir entre os motivos de tais gemidos o dano provocado na criação pelo egoísmo humano. Contudo, é igualmente verdadeiro que a "criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus" (Rm 8,19). Assim como o pecado destrói a criação, esta é também restaurada quando se fazem presentes "os filhos de Deus", cuidando do mundo para que Deus seja tudo em todos (cf. 1 Co 15, 28).

O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas a Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus. «Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas» (Bento XVI, Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1º-01-2010). O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a "ecologia humana" (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perderam tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.

Recordando que o dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança Deus confiou aos brasileiros, de bom grado envio-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica.


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Vaticano, 16 de fevereiro de 2011
BENEDICTUS PP. XVI

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EVANGELHO DO MÊS LUIS FERNANDO

A PALAVRA DE DEUS NO DIA A DIA

Queridos irmãos e irmãs, daqui a alguns dias estaremos vivenciando como igreja o tempo da quaresma, tempo este que nos faz voltar o nosso olhar para dentro de si e analisarmos nossas atitudes para que possamos melhorá-las.
O texto que iremos refletir é segundo Lucas 9,22-25

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
Depois disse a todos: “ Se alguém quiser me quer seguir, renuncie a si mesmo tome a sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” ¬¬¬_ Palavra da salvação.

Tomar a nossa cruz de cada dia. Este é o pedido de Jesus para cada um de nós. Há tantas cruzes no nosso dia-a-dia: na familia, o alcoolismo,as drogas , a falta de diálogo entre os cônjuges e os filhos, no trabalho: a falta de valorização, exploração, salários, na sociedade: a violência e a falta de amor, e no governo: a falta de recursos básicos ás pessoas necessitadas.
Não basta apenas carregar mas caminhar, tentar mudar estas realidades do nosso mundo de hoje.
Mas nunca poderemos carregar e mudar estas cruzes do mundo de hoje, sem a presença de Deus, pois é ela que nos dá perseverança e que não nos deixa desanimar a frente das dificuldades, convém primeiramente entregar tudo nas mãos desse Deus tão bondoso e misericordioso.
Então que nós possamos ver nestas cruzes, a nossa verdadeira missão ajudar e amar o próximo, nas suas dificuldades e seus defeitos ajudando a construir uma Igreja e sociedade cada vez melhores.
Que Deus nos abençoe hoje e sempre!
Luis Fernando A. Cruz

Uma Questão de Escolha - Padre Fabio de Melo

10/03
Uma Questão de Escolha

O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las. Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples... Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar. Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples...

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